segunda-feira, 28 de março de 2011

Homossexualismo




Mas, onde foi que eu errei?!!". Essa é a pergunta que sempre aparece no final de um quadro humorístico do pai que se sente culpado de ter um filho homossexual. Com a maior tolerância da sociedade, sobretudo da mídia, aos homossexuais, muitas famílias ainda se escandalizam e pais demonstram ansiedade diante da possibilidade de seu filho "homem" possa um dia revelar essa tendência psicossexual


Ao fazer pesquisas na web é incrível como ainda esbarramos em informações erradas, preconceituosas, difamatórias e não corretas a respeito do "homossexualismo", termo não mais usado por remeter a época em que a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo era considerada uma perversão sexual pela ciência. 

Além disso, muitos destes textos falam sobre as "possíveis" causas e origens que, se você pensar, é um verdadeiro ato de preconceito. Ou você já leu algo sobre as "causas e origens da heterossexualidade?". 

Ao pesquisar sobre as práticas homossexuais, me deparei com algo muito mais problemático chamado sexualidade humana. Notei que, as pessoas não sabem o que é sexo. Não existe diálago dentro da família, escola e mídia. Tudo ainda é muito obscuro, proibido e acontece quase que "ao acaso". E sempre de forma reprimida. Para terem idéia a castração sexual na sociedade é tão grande que a população ainda sofre deste mal.

Sexo é pecado? Se masturbar é algo ruim? Acreditem ou não, até livros de médicos, escritos para outros médicos nos séculos passados, diziam que sim, lembro-me de um livro que dizia que, ao se masturbar, a pessoa perdia sangue e, dependendo, poderia vir a falecer. Em artigos médicos, também antigos, diziam que a masturbação era a causadora oficial da epilepsia. Ridículo não? O pior é que coisas absurdas com relação a sexualidade continuam sendo ditas. Mas até quando?

Ai você para e pensa. Se a sexualidade humana é deturpada, principalmente por alguns religiosos ortodoxos (lembre-se que até hoje a igreja católica é contra o uso de preservativos), imagine então o que falam da homossexualidade? Para ajudar, nas poucas vezes que ela é citada é sempre na forma mais negativa e condenativa possível.

Mas o fato é que, informações erradas, preconceituosas e até ridículas existem - e muitas - tanto na web quanto fora dela e por isso minha grande preocupação com aqueles que querem saber mais sobre o assunto. Minha dica é, cuidado com tudo o que você lê, escolha profissionais e estudiosos sem vínculo algum com qualquer tipo de religião (pois a maioria condena, exceto as releituras feita pelas igrejas inclusivas) e fique de olho até mesmo em alguns profissionais com diplomas de psicólogo


Então vamos lá

O termo homossexual significa “do mesmo sexo”. Pessoas que se interessam sexualmente por indivíduos do mesmo gênero são chamadas de homoeróticas. O termo “homossexual” não é mais adequado nesse contexto, assim como se usar o termo “opção sexual’ também não. Um homoerótico não escolhe ser gay, ele apenas é orientado (pela sua própria existência), a ser o que é. O termo correto é, portanto ”orientação sexual”.

Desde que o mundo é mundo o homoerotismo existe. A diferença é que ele pode ser aceito ou não pelas diversas sociedades. É a cultura que determina sua marginalização ou não.

Os homoeróticos (masculinos ou femininos), são pessoas como qualquer outra que nascem, adoecem e morrem como qualquer um. Nossa sociedade torna suas vidas mais difíceis e dolorosas pelo preconceito.



O processo de descoberta e aceitação da própria sexualidade é muito mais conturbado no gay. Sua sexualidade é primariamente proibida. A aceitação da realidade de seus sentimentos é conflituosa e muitas vezes negada por muito tempo. Todo esse conflito leva ao aparecimento de doenças psíquicas como depressão, ejaculação precoce, disfunção erétil, anejaculação, vaginismo, dispareunia, entre outros.

O importante é saber que a felicidade vem do exercício pleno dos direitos dos indivíduos. Nesses se inclui o pleno exercício da sexualidade seja ela qual for. A aceitação pessoal é o primeiro passo para se conquistar o orgulho de viver.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Bullying



Eu sofri Bullying no ensino fundamental, e vivia isolado. Os alunos não falavam comigo, eu tinha amizade apenas com meninas, mas não era opção minha, eu era diariamente ridicularizado na frente dos meus colegas e até mesmo professores que nada faziam. Recebi diversos apelidos e por diversas vezes apanhei sem motivos dos meus “colegas” de classe. Sempre fui questionado sobre minha orientação sexual.  Nas aulas de educação física como no Brasil só tem jogo de futebol, eu era sempre excluído, nunca era escolhido para jogar.como se homossexual não solbesse jogar bola. Nunca contei aos meus pais, nem aos poucos amigos que eu tinha na época o que acontecia, sofri calado e agüentei isso durante anos, da 5° a 8° serie. Apenas no ensino médio após trocar de colégio eu decidi ser diferente, me impor, mostrar quem eu era de verdade, colocar minha opinião, ter minhas próprias atitudes, me impor diante dos meus colegas, e assim fui ganhando respeito independente da minha opção sexual. Hoje eu falo de igual para igual com qualquer um, ninguém é melhor que ninguém, e fico feliz em estar aqui podendo escrever sobre este tema e quem sabe assim esclarecer e ajudar pessoas que assim como eu passam ou já passaram por isso. Espero que participem dos comentários deixe sua opinião ou experiência.


Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma

bullying define em três termos essenciais:

1.    o comportamento é agressivo e negativo;
2.    o comportamento é executado repetidamente;
3.    o comportamento ocorre num relacionamento onde há um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas
O bullying divide-se em duas categorias:
1.    bullying direto;
2.    bullying indireto, também conhecido como agressão social

O bullying direto é a forma mais comum entre os agressores (bullies) masculinos. A agressão social ou bullying indireto é a forma mais comum em bullies do sexo feminino e crianças pequenas, e é caracterizada por forçar a vítima ao isolamento social. Este isolamento é obtido por meio de uma vasta variedade de técnicas, que incluem:
*  espalhar comentários;
*  recusa em se socializar com a vítima;
*  intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima;
*  ridicularizar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos (incluindo a etnia da vítima, religião, incapacidades etc).



O bullying pode ocorrer em situações envolvendo a escola ou faculdade/universidade, o local de trabalho, os vizinhos e até mesmo países. Qualquer que seja a situação, a estrutura de poder é tipicamente evidente entre o agressor (bully) e a vítima. Para aqueles fora do relacionamento, parece que o poder do agressor depende somente da percepção da vítima, que parece estar a mais intimidada para oferecer alguma resistência. Todavia, a vítima geralmente tem motivos para temer o agressor, devido às ameaças ou concretizações de violência física/sexual, ou perda dos meios de subsistência.
Listei alguns exemplos das técnicas de bullying:
*  Insultar a vítima;
*  Acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada;
*  Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
*  Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os.
*  Espalhar rumores negativos sobre a vítima;
*  Depreciar a vítima sem qualquer motivo;
*  Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando-a para seguir as ordens;
*  Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully;
*  Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidadeou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência;
*  Isolamento social da vítima;
*  Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas, comunidades ou perfis sobre a vítima em sites de relacionamento com publicação de fotos etc);
*  Expressões ameaçadoras;
*  Grafitagem depreciativa;
*  Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
*  Fazer que a vítima passe vergonha na frente de várias pessoas

E você já sofreu ou conhece alguém que sofre bullying???

Participe, comente, divulgue, siga-me!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Depressão


Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.


Como é?
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:
  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.

Diferentes tipo de depressão
Basicamente existem as depressões monopolares (este não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas

Causa da Depressão

A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.


Eu já conheci pessoas que sofriam de depressão, alias convivi com uma em especial e sei o quanto é complicado não só para quem sofre como também para quem convive ao seu lado.